sexta-feira, 26 de junho de 2009

Responsáveis pelo fim dos Templários

O fim do Templo

Nesta pesquisa iremos evidenciar que o único responsável pelo fim dos Templários foi o Rei Felipe, O belo.

Todas as acusações contra os Templários partiram do Rei Felipe da França motivado pela ganância em se apossar de seus bens devido a problemas de estado, isso é aceito por todos historiadores sérios.

As perseguições contra os Templários também partiram do Rei Felipe, o Papa Clemente V, prometeu um inquérito para investigar as denúncias, porém o Rei sequer esperou o término deste inquérito e mandou prender todos e torturá-los para obter as confissões necessárias.

Enquanto isso o Rei Felipe ao mesmo tempo confiscava todos os bens que podia e incentivou a outros Reis a fazerem o mesmo.

Ação da Igreja


O tribunal espiritual também os interrogou, seus líderes foram absolvidos de todas confissões que haviam feito, veja o sobre o pergaminho de Chinon:

ANEXO

Documento de Absolvição dos Templários

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PERGAMINO DE CHINON - ABSOLUCIÓN DEL PAPA CLEMENTE V
PARA LOS JEFES DE LA ORDEN TEMPLARIA
Chinon, diócesis de Tours, 17-20 de agosto de 1308
http://asv.vatican.va/es/doc/1308.htm

Esse documento foi descoberto pela historiadora do arquivo do vaticano Doutora Barbara Frale, o desaparecimento do documento foi devido a um erro de catálogo.



[Segundo o Santo Ofício – que não deixou de existir, e hoje se chama Congregação para Doutrina da Fé –, aqueles que declaravam arrependimento eram absolvidos. Hoje, esse processo pode ser visto em penas de excomunhão, por exemplo.

O poder que a igreja exercia sob a parte jurídica foi um marco na história da legislação tais como a conhecemos, foi só a partir daí que as penas não visavam só punir, mas buscavam o arrependimento dos criminosos.]


De Molay foi queimado vivo porque voltou atrás em suas declarações.
Entenda melhor neste artigo, como ele foi subtraído da custódia e executado:

http://duglan.blogspot.com/2009/05/maldicao-de-jacques-de-molay.htm
l




[a pena de fogueira era uma pena no direito romano, e não prevista pela Inquisição, as penas dos criminosos quando declarados culpados eram executadas pelo estado e não pela Igreja]

O Rei Felipe o belo visava destruir a Ordem do Templo a qualquer custo, e para isso era necessário condená-los também por um tribunal espiritual, o caso dos Templários, assim como o de Santa Joana d’Arc é considerado justamente os dois casos falsos promovidos pelo estado, onde o estado tentou manipular o tribunal espiritual para condenação dos acusados.


Muitos acreditam que a Igreja tinha plenos poderes "sobre o céu e a terra", o que é a mais pura ignorância, o estado em toda história aparece indo contra as decisões da Igreja e pela força impondo suas Leis Laicas.

Mais adiante veremos outro exemplo disso.

Decisões da Igreja sobre os bens Templários



A Igreja sequer julgou a Ordem do Templo sob aspecto moral, o Concílio Ecumênico de Viena decidiu suspender a Ordem do Templo por medida preventiva (ver concílio ecumênico de viena: http://www.piar.hu/councils/ecum15.htm ), e os bens foram repassados para outras Ordens militares.

A decisão de suspensão parecia conveniente visto que a já há muito tempo se pensava na fusão das Ordens Militares, pois elas estavam se tornando caras, tiveram grandes perdas nas suas últimas investidas em Cruzadas.

Mas o problema estava apenas começando, o que fazer, por exemplo, com os bens em terras de Portugal?


Se os bens em terras dos Templários de Portugal passassem para Ordem do Hospital que tinha sede em Jerusalém, Portugal se tornaria um estado dentro de um estado.


Como a decisão do Concílio Ecumênico de Viena era passar os bens para outras Ordens Militares, restou ao Rei D. Dinis criar a Ordem do Nosso Senhor Jesus Cristo, uma Ordem Régia, a serviço do estado português, mas que seguiam regras semelhantes aos templários como base nas regras da Ordem Católica Cisterciense.


Ordem de Cristo


Como muitas pessoas costumam a fantasiar demasiadamente a respeito da Ordem de Cristo, vamos agora vê-la pela perspectiva do estado.

Os bens templários portugueses não passaram para ordem do hospital segundo concílio de Viena
- COSTA, 1994: 14

Em 1310 o Papa solicita concílio para avaliar a conduta dos templários ibéricos, sendo eles, inocentados.

ALMEIDA, volume I, 1967: 155

Mas D. Dinis que já tivera vários problemas com a Igreja já estava preparado para qualquer eventualidade defender suas terras portuguesas se desse algo de errado, com Fernando IV de Castela, e poderia incluir o rei de Aragão.

ALMEIDA, volume I, 1967: 155


Na bula Ad providam de não transferência para ordem do hospital entra justamente: os reinos de Castela, Aragão, Portugal e Maiorca.

Isso tudo seria necessário para evitar um cisma geopolítico

-DEMUGER, 1986: 236.

A D. Dinis só interessava que os bens templários não saíssem do país.

ERDMANN, 1940: 51

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COSTA, Ricardo L. S. da. A Ordem dos cavaleiros do Hospital de São João de Jerusalém durante as cruzadas (1048-1291). Rio de Janeiro: Universidade Estácio de Sá, mimeografado, 1994.
ALMEIDA, Fortunato de. História da Igreja em Portugal. Porto: Portucalense Editora, S.A.R.L., volume I, 1967
DEMUGER, Alain. Auge y caída de los Templarios (1118-1314). Barcelona: Ed. Martínez Roca, 1986.
ERDMANN, Carl. A Idea de Cruzada em Portugal. Coimbra: Public. do Instituto Alemão da Universidade de Coimbra, 1940.
Citados em http://www.ricardocosta.com/pub/ddinis.htm